União Nacional para a Independência Total de Angola

A UNITA, acrónimo de União Nacional para a Independência Total de Angola é um partido angolano, fundado em 1966, por dissidentes da FNLA e do GRAE — Governo de Resistência de Angola no Exílio, de que Jonas Savimbi, fundador da UNITA, era ministro das relações exteriores. Alguns historiadores alegam que Jonas Savimbi criou a UNITA depois da sua tentativa fracassada de assumir a co-presidência do GRAE. Os primeiros passos da UNITA vão sobretudo procurar apoiar-se na etnia maioritária a qual Jonas Savimbi pertence: os Ovimbundos. A UNITA vai travar operações de guerrilha no Leste do então território colonial. Depois da independência angolana em 1975, a Guerra Fria serve de plataforma para uma retórica afro-populista de Jonas Savimbi que apresenta o seu partido como a grande alternativa ao MPLA, sendo este o verdadeiro partido que salvaguarda os interesses dos que amam Angola. O carismático líder da UNITA consegue assim apoios em todo o continente africano e no mundo. Apoiado em logística pelo governo do apartheid sul-africano e pela CIA, a UNITA consegue custear o seu esforço de guerra graças as subvenções do governo norte-americano, até a assinatura dos primeiros acordos de paz em 1991. Depois de ter estado próximo da vitória pelas armas, em 1991, Savimbi desacredita-se quando refuta os resultados das eleições de Setembro de 1992, visto que, alegava, ter havido desvio de, mais de 400, urnas vindas de zonas de apoiantes da UNITA, relançando, então, a guerra em todo o território nacional. Esta seria a última tentativa do "Galo Negro" para unir os angolanos: em Fevereiro de 2002, Savimbi é morto na província do Moxico. Após a sua morte, a UNITA tornou-se num partido civil e abandonou a luta armada.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

RELATÓRIO CMI SOCIEDADE CIVIL EM ANGOLA R 2007


Em Angola, o engajamento da sociedade civil é essencial para se alcançar um mínimo de transparência e responsabilidade governamentais, numa altura em que se regista um “boom” nas
receitas petrolíferas e persiste a incerteza relativamente ao processo eleitoral. Angola não conhece eleições desde 1992, e com as elevadas receitas petrolíferas esperadas, a sociedade civil e a comunidade internacional são as únicas forças capazes de exercerem influência e pressão sobre o governo para demonstrar o adequado respeito pelos direitos humanos e redistribuir as receitas dos recursos minerais.
Sem eleições há quase 15 anos, o canal para os cidadãos expressarem as suas preferências de políticas por meio das eleições está bloqueado. O Governo de Angola não está a ser responsabilizado por meio de eleições. Por isso, os cidadãos angolanos possuem poucos meios para expressar as suas preferências de política, excepto, através das organizações da sociedade civil, os meios de comunicação social e a acção directa. A sociedade civil em Angola deve estabelecer e defender os seus direitos ao conhecimento e supervisão (incluindo acesso à informação), e a defender os seus direitos à organização como meio de participação popular, de consulta e de opinião. A sociedade civil tem um papel importante a desempenhar para se estabelecer um mínimo de transparência e responsabilidade nos assuntos de interesse público em Angola.
De acordo com o recente relatório dos Direitos Humanos elaborado pelo Departamento de
Estado Norte-Americano (2006), existem actualmente mais de 100 ONGs internacionais e aproximadamente 350 ONGs nacionais a trabalhar em Angola. Segundo um recente directório de ONGs elaborado pela Unidade Técnica de Coordenação da Ajuda Humanitária (UTCAH), existem 97 organizações internacionais, 78 nacionais e 15 organizações religiosas (UTCAH 2006). Existem provavelmente mais ONGs nacionais a trabalhar, particularmente a nível local, e as ONGs listadas podem até ser insignificantes e inoperativas.
Apesar dos números, foi apenas em princípios de 1990 que a sociedade civil se tornou um factor com significado político, quando a longa história do regime autoritário do partido único conheceu alguma forma de moderação na primeira abertura democrática de Angola. Ainda assim, a não realização de eleições, a dominação do partido único, um legado histórico do regime socialista, e o actual ímpeto da elite no poder de deter o pleno controlo das receitas dos recursos naturais, constituem factores limitativos para a organização da sociedade civil.
O objectivo primário deste relatório consiste em desenvolver um entendimento do papel político das organizações da sociedade civil na Angola contemporânea. Analisaremos mais especificamente o papel que a sociedade civil pode desempenhar para influenciar a favor da transparência e da prestação de contas na gestão das finanças públicas, ou, por outras palavras, como a sociedade civil pode contribuir para a transparência, responsabilidade e gestão adequada da riqueza mineral de Angola em crescimento rápido.
Neste estudo analisamos principalmente as organizações da sociedade civil com o foco nas políticas das receitas petrolíferas em Angola, no sector petrolífero e na programação e execução do orçamento numa perspectiva de combate à pobreza. Em que medida as organizações da sociedade civil em Angola têm um interesse real e potencial em, e influência sobre, políticas e processos de receitas e de orçamento do Governo? Esta é a questão dos “milhões desaparecidos”, da tributação e receitas dos sectores minerais (principalmente petróleo, gás e diamantes), da gestão das finanças públicas das receitas do petróleo e outras receitas minerais, do próprio processo do orçamento, da redistribuição e orçamentação do combate à pobreza, a implementação da política financeira, e a transparência e a responsabilidade social corporativa das empresas internacionais que operam em Angola.

Um segundo e mais amplo objectivo deste relatório consiste em desenvolver um entendimento das forças e actores que podem, eventualmente, contribuir para uma melhor governação em Angola, incluindo mais transparência nas questões públicas e maior responsabilidade na prestação de contas por parte dos funcionários públicos e dos detentores de cargos eleitos. Esta perspectiva mais ampla visa identificar e categorizar as organizações existentes e as OSCs engajadas em (ou com um potencial para influenciar a favor de) boa governação e prestação de contas em Angola, incluindo os direitos humanos básicos, a transparência, voz e participação, tanto a nível central como local. Este objectivo mais amplo incluirá consequentemente alguma avaliação da potencial oposição à elite no poder em Angola, e lançar alguma luz sobre o papel da sociedade civil como um agente de mudança no processo da democratização em Angola.

6 comentários:

  1. JOSÉ ANTÓNIO PEÇO IMENSA DESCULPA MAS É MUITO COMPLICADO PARA MIM LER A COR VERMELHA SOBRE FUNDO PRETO...PARA A MINHA VISTA O FUNDO NÃO PODE SER ESCURO MAS AS LETRAS SIM. NÃO LEVE A MAL...VOU VISITAR OS OUTROS BLOGUES SEUS . E NÃO ENCARE ISTO COMO UMA EXIGÊNCIA.
    É UMA DIFICULDADE MINHA, APENAS ISSO!

    BEIJO

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  2. Olá amigo!

    Vim lhe conhecer,agradecer pela visita,pelas palavras e por seguir o http://ludicasenglish.blogspot.com
    Que bom que gostou das dicas!
    Seja muito bem-vindo lá e volte sempre que quiser e puder!

    Muito obrigada pelo convite!É com grande prazer que lhe sigo e quero lhe dizer que fiquei emocionada com sua historia de vida!
    Voce é um grande batalhador e vencedor!
    Estive lendo alguns de seus posts e penso que é esse amor por esse povo lindo e humilde que lhe move desse jeito tao imensamente!
    Nunca desista das conquistas que ainda estao por vir.
    Sao pessoas como voce que enche o mundo de emoçao e faz com que tudo valha a pena!

    No momento estou passando por uma fase muito difícil e estou um pouco ausente mas assim que eu me recuperar mais estarei aqui lendo e comentando em seus textos tao bem escritos!
    Vou linka-lo já!

    Se quiser me visitar nos outros espaços, será muito bem vindo por lá, ok?!
    http://wwwlufatima.blogspot.com/
    http://temosatitude.blogspot.com/
    http://selosdoblogdalu.blogspot.com/

    Fique com Deus e até mais!

    Forte abraço,querido!

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  3. Então é natal...

    Formam-se nuvens de esperança num céu de bondade,
    Em cada coração há uma enorme desejo de felicidade e alegria!
    Lares se iluminam numa magia sem qualquer maldade,
    Iniludível, apenas o amor engrandece este lindo e peculiar dia...
    Zelando totalmente pela nossa total paz e harmonia!

    No íntimo de cada um de nós está o sentimento mais puro,
    Aquele que norteia o significado verdadeiro da comemoração,
    Todos sabem que Jesus é o nosso salvador e o porto seguro,
    Aquarela de todas as emoções num só bondoso coração,
    Libertando em todos nós os termos da sublime doação!

    Alegria em cada rosto sem mascarar a tristeza,
    Mudanças de atitudes e gestos de solidariedade,
    Inquietação vestida da mais simples e calorosa nobreza,
    Guardando em cada Ser o sentindo da sua própria verdade,
    Originando a fagulha da mais verdadeira e sincera felicidade,
    Somamos nossas expectativas numa única vontade: PAZ
    (Autora Mariluci Carvalho)

    BOAS FESTAS E FELIZ ANO NOVO!

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  4. Já em uma democracia é hiper difícil,imagine sem ela? Deus ajude os angolanos. Montão de bjs e abraços

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